segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

IBM promete projeção holográfica 3D em cinco anos



cinco em cinco

A IBM anunciou o seu programa "Next Five in Five" - uma lista de cinco inovações que têm potencial para mudar a maneira como as pessoas trabalham, vivem e se divertem dentro dos próximos cinco anos. Segundo a empresa, as tecnologias foram selecionadas com base em tendências sociais e de mercado, e na disponibilidade de tecnologias emergentes nos laboratórios da empresa que podem permitir tornar realidade essas inovações futuristas. São elas:

- Você poderá interagir com seus amigos por meio de hologramas 3-D
- As baterias vão usar o ar ambiente para alimentar nossos equipamentos eletrônicos
- Você não precisará ser um cientista para ajudar a salvar o planeta
- Seu deslocamento no trânsito será personalizado
- Os computadores vão ajudar a energizar sua cidade

Projeção holográfica 3-D

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Segundo a empresa, nos próximos cinco anos, as interfaces 3-D que hoje só são vistas no cinema vão permitir que as pessoas interajam com hologramas 3-D dos seus amigos em tempo real. O cinema está se movendo firme rumo às projeções 3-D. Todos os grandes fabricantes de televisores estão seguindo o mesmo caminho, embora ainda não esteja claro se a tecnologia se firmará no mercado, devido tanto às suas deficiências naturais - o incômodo dos óculos e o mal-estar provocado em algumas pessoas - quanto à falta de programação 3-D nativa.

Os analistas da IBM acreditam que este último problema está com os dias contados, graças à miniaturização e ao barateamento das câmeras 3-D, que já estão no mercado, o que logo permitirá que câmeras 3-D sejam tão comuns quanto as câmeras digitais 2-D de hoje. Mas projeção holográfica é outra coisa, e a tecnologia está longe de se tornar madura, tecnicamente eficiente e barata para chegar ao consumidor final - somente em Novembro do ano passado foi feita a primeira demonstração realista de um vídeo holográfico 3-D.

A IBM está mais otimista: "Os cientistas estão trabalhando para melhorar o vídeo-chat, para que ele se torne um chat holográfico - ou telepresença 3-D," afirma a empresa. "A técnica utiliza feixes de luz refletida pelos objetos e reconstrói uma imagem desses objetos, uma técnica similar à que os olhos humanos usam para ver as coisas ao seu redor." A projeção holográfica não traria benefícios apenas para ver se seus amigos engordaram: a visualização de dados científicos é uma área cada vez mais importante - sejam os dados das colisões de partículas no LHC, do dobramento de proteínas ou simplesmente de um mapa-múndi, que causa distorções ao ser mostrado em 2-D.

Os cientistas da IBM já estão trabalhando em novas maneiras para visualizar dados em 3-D, em uma tecnologia que permitirá aos engenheiros entrar dentro dos seus projetos - sejam edifícios ou programas de computador -, fazer simulações de como as doenças se espalham ao redor de globos interativos 3-D, e visualizar as últimas tendências no Twitter - tudo em tempo real e com pouca ou nenhuma distorção.

Melhores baterias, baterias a ar e sem bateria

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Cientistas já demonstraram que uma bateria a ar pode durar até 10 vezes mais do que uma bateria de lítio tradicional. Uma bateria de ar-silício, por sua vez, em escala de laboratório, demonstrou uma durabilidade imbatível para os padrões atuais.

A IBM também aposta na tecnologia, assim como na possibilidade de capturar a energia do ambiente e de simplesmente reduzir a necessidade de eletricidade exigida pelos aparelhos eletrônicos. "Repensando o bloco básico de construção dos dispositivos eletrônicos, o transístor, a IBM pretende reduzir a quantidade de energia por transístor para menos de 0,5 volt. Com uma demanda de energia tão baixa, poderemos nos livrar totalmente das baterias em alguns dispositivos, como telefones celulares ou leitores eletrônicos," garante a empresa.

Mas meio volt não é o mesmo que zero volt: "O resultado seriam dispositivos eletrônicos sem bateria, que poderiam ser carregados utilizando uma técnica chamada captura de energia. Alguns relógios de pulso usam essa técnica hoje - eles não exigem corda e se recarregam com base no movimento do seu braço. O mesmo conceito poderia ser usado para carregar telefones celulares - seria balançar e discar." Ou balançar e ver se alguém está ligando para você - dependendo do seu nível de interação, a mensalidade da academia poderá ir direto para a poupança. Chips que geram sua própria energia e minigeradores que capturam energia das vibrações do meio ambiente parecem ser alternativas mais adequadas.

Na mesma linha estão as possibilidades de uma futura tecnologia capaz de viabilizar os carros elétricos.

Ajude a salvar o planeta

Considere-se um sensor ambulante.
Dentro de cinco anos você terá sensores embutidos em seu celular, em seu carro e até em sua carteira. Esses sensores vão coletar dados que darão aos cientistas uma imagem em tempo real do seu ambiente.

Dentro do conceito de cientista-cidadão você poderá ceder seus dados para ajudar nas pesquisas climáticas, combater o aquecimento global, salvar espécies em extinção, rastrear plantas invasoras ou animais que ameacem os ecossistemas ao redor do mundo e até alertar sobre tsunamis.

A riqueza de dados certamente aumentará nos próximos cinco anos, mas você pode se tornar um cientista-cidadão já: seu computador pode ajudar a encontrar ETs e processar dados do LHC, seu videogame pode ajudar a encontrar a cura para doenças e seu notebook pode ajudar a detectar terremotos.

Trânsito personalizado e reciclagem do calor

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Já pensou nunca mais chegar atrasado a um compromisso por problemas no trânsito?
"Nos próximos cinco anos, tecnologias analíticas avançadas vão fornecer recomendações personalizadas que levarão os passageiros aonde eles precisam ir no menor tempo possível." Sistemas de tráfego adaptativos vão aprender intuitivamente os padrões e o comportamento dos viajantes, fornecendo informações sobre rotas que não estão disponíveis com os "simples GPS" de hoje - uma verdadeira internet dos carros.

E, segundo a IBM, os computadores vão ajudar a gerir e até prover a energia necessária para as cidades. A ideia é aproveitar o calor gerado pelos computadores e data-centers para substituir os aquecedores no inverno e gerar energia para alimentar os aparelhos de ar-condicionado no verão.
Uma nova tecnologia de resfriamento de chips, que já está em testes, promete coletar o calor diretamente no interior dos processadores, otimizando a reciclagem desse calor e evitando que ele simplesmente se disperse pela atmosfera.

Agora é só esperar cinco anos e conferir a realidade.

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