As ações da Nokia cresceram pelo quarto dia seguido na quinta-feira em meio a especulações de que a empresa esteja prestes a anunciar uma parceria com a Microsoft para reviver seu negócio de smartphones. Os rumores começaram na segunda, quando um analista, Adnaan Ahmad do banco Berenberg de Hamburgo, insigou o presidente da Nokia - e ex-executivo da Microsoft -, Stephen Elop, a formar a aliança que colocaria o sistema operacional de uma nos celulares da outra. A medida seria uma mudança histórica para a Nokia, que tradicionalmente evita ceder partes-chave de seu negócio, como o software, para outras empresas.
A carta de Ahmad para Elop, que foi publicada no Financial Times, aconselhava a Nokia a substituir seu sistema operacional Symbian pelo Windows Phone, da Microsoft. Com o Symbian, a participação da Nokia no mercado mundial de smarthpones caiu para 31% no quatro trimestre de 2010, contra 40% no ano anterior. Os lucros despencaram 21%.
A Microsoft e a Nokia, através de porta-vozes, se recusaram a comentar as especulações. Mas analistas que acompanham as duas empresas disseram que Elop, um canadense que se tornou o primeiro presidente-executivo não-finlandês da Nokia, pode estar se preparando para anunciar a aliança durante um discurso para investidores no dia 11 de fevereiro, em Londres.
- Não sei se é apenas um desejo do mercado, mas seria o grande anúncio que estamos esperando - disse Carolina Milanesi, analista da Gartner, em Londres.
A gigante finlandesa, que normalmente repassa informações aos analistas antes de grandes anúncios, tem estado curiosamente silenciosa nos dias que antecedem o evento de Londres. Para alguns analistas, isso pode significar que a empresa tem alguma informação que pode afetar todo o mercado.
Comentários feitos por Elop a analistas no dia 27 de janeiro também alimentam as especulações. Na época, ele disse que a Nokia criaria estratégias individuais para seus produtos de baixo, médio e alto custo. Sob o novo sistema, Elop disse que a Nokia estava pensando em "criar e/ou se juntar a outras ecossistemas".
Os comentários foram interpretados por muitos como planos de abandonar o Symbian e adotar o Windows em aparelhos vendidos nos EUA, um dos mercados onde a empresa é menos conhecida. A Nokia foi líder de mercado nos EUA até 2002, mas desde então perder quase toda a sua participação no mercado para rivais como Samsung, Apple, Research in Motion, HTC e LG. No terceiro trimestre de 2010, a empresa tinha apenas 2% do mercado americano, de acordo com a Strategy Analytics, empresa baseada em Boston.
Como a Nokia, a Microsoft vem lutando para ganhar espaço no segmento de smartphones. O Windows Phone está em apenas 3% dos aparelhos vendidos no quarto trimestre, atrás do Android, Symbian, Apple e RIM, fabricante do BlackBerry, de acordo com a Canalys, empresa britânica de pesquisa.
A Nokia, que vendeu 450 milhões de aparelhos em 2010, seria um canal poderoso para o Windows, disse Pete Cunningham, analista da Canalys. Para a Nokia, a Microsoft seria um grande aliado nos EUA.
As duas empresas tiveram uma cooperação limitada nos últimos anos, com a Nokia licenciando alguns produtos da Microsoft como o Windows Office e Exchange Active Sync para celulares da série E.
O Bing também usa alguns dados fornecidos pela Navteq, uma empresa americana comprada pela Nokia por US$ 8,1 bilhões em 2007. No caso de uma aliança, a Nokia provavelmente tornaria o Bing a ferramenta de buscas padrão em seus celulares.
Mas se a possibilidade dessa grande parceria será acompanhada de perto pelo mercado, não há nenhuma garantia de sucesso.
- Não há garantia de que esse será um alinhamento de sucesso - pondera Milanesi - O Windows Phone 7 foi decepcionante e a Microsoft não é sexy para o consumidor na área de smartphones.
fonte: Oglobo/Globo
A carta de Ahmad para Elop, que foi publicada no Financial Times, aconselhava a Nokia a substituir seu sistema operacional Symbian pelo Windows Phone, da Microsoft. Com o Symbian, a participação da Nokia no mercado mundial de smarthpones caiu para 31% no quatro trimestre de 2010, contra 40% no ano anterior. Os lucros despencaram 21%.
A Microsoft e a Nokia, através de porta-vozes, se recusaram a comentar as especulações. Mas analistas que acompanham as duas empresas disseram que Elop, um canadense que se tornou o primeiro presidente-executivo não-finlandês da Nokia, pode estar se preparando para anunciar a aliança durante um discurso para investidores no dia 11 de fevereiro, em Londres.
- Não sei se é apenas um desejo do mercado, mas seria o grande anúncio que estamos esperando - disse Carolina Milanesi, analista da Gartner, em Londres.
A gigante finlandesa, que normalmente repassa informações aos analistas antes de grandes anúncios, tem estado curiosamente silenciosa nos dias que antecedem o evento de Londres. Para alguns analistas, isso pode significar que a empresa tem alguma informação que pode afetar todo o mercado.
Comentários feitos por Elop a analistas no dia 27 de janeiro também alimentam as especulações. Na época, ele disse que a Nokia criaria estratégias individuais para seus produtos de baixo, médio e alto custo. Sob o novo sistema, Elop disse que a Nokia estava pensando em "criar e/ou se juntar a outras ecossistemas".
Os comentários foram interpretados por muitos como planos de abandonar o Symbian e adotar o Windows em aparelhos vendidos nos EUA, um dos mercados onde a empresa é menos conhecida. A Nokia foi líder de mercado nos EUA até 2002, mas desde então perder quase toda a sua participação no mercado para rivais como Samsung, Apple, Research in Motion, HTC e LG. No terceiro trimestre de 2010, a empresa tinha apenas 2% do mercado americano, de acordo com a Strategy Analytics, empresa baseada em Boston.
Como a Nokia, a Microsoft vem lutando para ganhar espaço no segmento de smartphones. O Windows Phone está em apenas 3% dos aparelhos vendidos no quarto trimestre, atrás do Android, Symbian, Apple e RIM, fabricante do BlackBerry, de acordo com a Canalys, empresa britânica de pesquisa.
A Nokia, que vendeu 450 milhões de aparelhos em 2010, seria um canal poderoso para o Windows, disse Pete Cunningham, analista da Canalys. Para a Nokia, a Microsoft seria um grande aliado nos EUA.
As duas empresas tiveram uma cooperação limitada nos últimos anos, com a Nokia licenciando alguns produtos da Microsoft como o Windows Office e Exchange Active Sync para celulares da série E.
O Bing também usa alguns dados fornecidos pela Navteq, uma empresa americana comprada pela Nokia por US$ 8,1 bilhões em 2007. No caso de uma aliança, a Nokia provavelmente tornaria o Bing a ferramenta de buscas padrão em seus celulares.
Mas se a possibilidade dessa grande parceria será acompanhada de perto pelo mercado, não há nenhuma garantia de sucesso.
- Não há garantia de que esse será um alinhamento de sucesso - pondera Milanesi - O Windows Phone 7 foi decepcionante e a Microsoft não é sexy para o consumidor na área de smartphones.
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