- O varejo brasileiro está completamente viciado em consoles. Isso está completamente errado. O hardware não dá dinheiro para a indústria de vídeo games. Na verdade, temos prejuízo quando vendemos consoles. O dinheiro mesmo está na comercialização de jogos - disse Gracias, em palestra a jovens desenvolvedores na feira Brasil Game Show, evento patrocinado pela Sony. - Hoje, o consumidor que vai a um grande varejista encontra o vídeo game em uma estante ao lado de uma batedeira! E os jogos vendidos são pouquíssimos. É claro que os grandes varejistas ainda estão relutantes, mas vamos propor mudar isso.
O plano da Sony é aumentar o número de títulos disponíveis no varejo de massa e incentivar as redes a deixarem o consumidor experimentar os jogos na própria loja. A empresa vai investir no desenvolvimento de postos de vendas exclusivos para supermercados e lojas do tipo Ponto Frio e Casa Bahia , com direito à TV, consoles e muitos jogos. Um dos modelos - um espaço de 2,5m por 2,5m com uma grande poltrona - já vem sendo experimentado em um Carrefour de São Paulo. Em Campinas, segundo Gracias, também tem sido testados displays e estantes, inclusive em lojas especializadas em games.
A empresa está de olho - como todos os setores da indústria, aliás - na emergência das classes C e D. Estima-se que o Brasil tenha 40 milhões de usuários de vídeogames e 70 milhões de internautas. Gracias também destacou as condições de pagamento oferecidas pelo grande varejo.
- As lojas especializadas são nossas grandes parceiras, mas não dá para ter um negócio de games no Brasil contando apenas com elas. É preciso massificar, atingir escala. E o mercado brasileiro tem potencial para isso. Metade das vendas do jogo "God of War 3" na América Latina ocorreram no país - disse o diretor da divisão nacional do Playstation, que confirmou que no próximo ano também sairá a Playstation Network Brasil, para alívio dos gamers.
Em 2011, a Sony também quer trabalhar para reduzir a tributação de vídeo games no país, diminuindo o recolhimento de IPI pelo setor de 50% para 20%.
- O Brasil taxa games como jogos de azar, o que não é certo. A saída é fazer lobby em Brasilía, e a Sony, juntamente com outras empresas da área, já teve reuniões positivas com o governo. A manutenção dos integrantes do governo no próximo mandato também trouxe alívio, pois não precisaremos retormar as conversas do início - disse Gracias, que afirmou que a Sony vê com bons olhos, mas sem apoiá-lo oficialmente, o movimento que trabalha pela redução dos preços de games no país.
O executivo criticou também o fato de haver poucos dados confiáveis sobre o mercado de games no Brasil, mas apresentou números segundo os quais o Playstation lidera. De acordo com Gracias, a matriz de consoles brasileira é a seguinte: da Sony, há 5 milhões de Playstation 2; 750 mil de Playstation 3; 200 mil de PSP; da Nintendo, haveria 230 mil Wiis e 200 mil Nintendo DS; da Microsoft, estima-se que haja 300 mil Xbox 360.
Outras prioridades da divisão Playstation no Brasil para 2011 são consolidar as vendas do Playstation Move (controle sensível a movimento) e expandir a utilização de TVs em 3D pelos gamers.
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