Cientistas japoneses decidiram provocar mutações genéticas em camundongos para estudar a evolução e acabaram criando um animal surpreendente, como mostra o correspondente Roberto Kovalick.
Ele não é, assim, nenhum Pavarotti. Mas é só botar um microfone perto da gaiola, que o rato sai cantando. O canto se parece mais com o pio de um passarinho.
A descoberta foi por acaso: cientistas japoneses, que pesquisam ratos geneticamente modificados, perceberam que um deles nasceu com a capacidade de produzir esse som.
Apesar de exótica, a pesquisa terá uma utilidade: os cientistas vão estudar a origem e a evolução da linguagem humana.
Vão em busca de respostas sobre por que usamos determinados sons para dizer o que pensamos e sentimos, e como isso afetou o desenvolvimento do nosso cérebro. No caso dos animais - como o canto das aves - os sons também representam uma forma de comunicação.
Ratos comuns conseguem produzir apenas guinchos, principalmente quando estão em situação de estresse. Mas, quando criados ao lado dos ratos cantores, passam a emitir menos sons, o que pode indicar que a nova forma de comunicação está se impondo dentro do grupo, em substituição a uma linguagem mais rudimentar. Da mesma forma como ocorreu com nossos antepassados milhões de anos atrás.
E os cientistas descobriram que o rato muda o som quando, por exemplo, se aproxima de fêmeas. Ou seja, ele é esperto: mal aprendeu a se comunicar e já descobriu para que serve uma boa cantada.
Escute o som
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