quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Motorola lança Atrix, o smartphone dos seus sonhos que vira até laptop



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Você quer um smartphone com Android, mas não qualquer smartphone. Você quer um com processador dual-core com 1GHz em cada núcleo, 1GB de RAM, tela de 4 polegadas com resolução maior que a do iPhone 4, e uma bateria potente pra aguentar tudo isso. E que tal se esse smartphone, com a ajuda de um dock, pudesse virar um computador? A Motorola parece querer realizar os sonhos molhados de muito geek e anunciou o Atrix 4G – segundo eles, o smartphone mais potente do mundo. E nós o vimos de perto.

Basicamente, tudo o que um geek sonha num smartphone com Android está no Atrix 4G: chipset Nvidia Tegra 2 com processador dual-core de 1GHz, 1GB de RAM, 16GB de espaço interno (expansível para até 48GB), tela resistente (com Gorilla Glass) de 4 polegadas e com resolução 960×540, e suporte à rede 4G, tudo num aparelho relativamente fino (10,9mm) e com bateria de 1930mAh, superior a de outros smartphones. OK, alguém vai reclamar da ausência de teclado físico – algo meio desnecessário numa tela de 4 polegadas – mas preste atenção no seguinte: ele vem até com leitor de impressão digital, para maior segurança. Não dá pra negar que o Atrix é impressionante.

Na mão, o Atrix não é pesado, e se encaixa bem na mão. Ele tem o visual padrão dos Androids da Motorola e tem Motoblur por cima do Android, mas a gente até perdoa: o aparelho é muito rápido. Usamos pouco, mas ele não apresentou lag nem para abrir apps, nem para transições de tela, nem para rolar listas. Eu me impressionei.
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E ele leva a computação móvel para o próximo nível: ele se transforma num computador – tanto desktop, como notebook. Quando você o pluga no dock HD, que tem saída HDMI, e o liga a uma TV ou monitor, surge a interface Webtop: você pode controlar seu smartphone e navegar no Firefox usando apenas o celular, que vira um touchpad (com opção para abrir o teclado virtual). Você também pode ver vídeos em tela cheia na TV e ouvir música, e o Webtop tem até uma interface de set-top box para isso. O que impressiona é poder controlar a interface também com teclado e mouse de verdade: basta plugá-los nas portas USB do dock, que ele os reconhece para você usar como periféricos.
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Você quer usar o Atrix como computador, mas prefere mobilidade? Então use o laptop dock feito especialmente para ele. Encaixe-o no dock, e o notebook com tela de 11,6 polegadas logo começa a fazer boot, abrindo o Webtop. Sim, a tela do Android está lá, que você pode controlar via teclado e trackpad, mas surge um dock na parte inferior com vários ícones, e você pode usar o Firefox para navegar na internet. Vale lembrar que o dock não tem nenhum processador ou memória: é o celular que está rodando tudo. E ele também não tem bateria, mas a Motorola diz que o Atrix aguenta até 12h no laptop dock com uso intenso. O laptop dock pode ser ligado na energia elétrica, para carregar o celular.
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Nós testamos rapidamente o Atrix nos dois docks. Em ambos, o Webtop levava pouco tempo (cerca de 10 segundos) para bootar, e parecia relativamente ágil na resposta. Mesmo abrindo apps no Android, abas no Firefox e tocando música, o Atrix parecia dar conta do recado. Ele só engasgava perceptivelmente quando uma página no Firefox tinha Flash pesado: aí o sistema ficava lento, e o trackpad às vezes não rolava a página.

Qual a magia por trás disso? É que o Atrix roda um programa para Android, que não só exibe a interface do smartphone como roda nativamente os programas pré-instalados, e apenas eles. Por exemplo, não dá pra instalar o Chrome: se você quiser navegar na web usando um dos docks, tem que usar o Firefox (ou o navegador do Android). Dessa forma, o dock roda webapps através do Firefox, e apps para Android na interface nativa do sistema. Genial.
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E ainda tem a cereja no bolo: o Motorola Atrix roda até Windows. Na verdade, não exatamente: o Webtop tem suporte ao Citrix, cliente VNC que permite comandar o Windows através do aparelho – que na verdade está instalado em um computador. Você só “roda Windows” quando está conectado a um dos docks, na interface Webtop. Já vimos o iPad rodar Windows usando este cliente VNC, mas um smartphone, ainda não.
O Atrix ainda tem duas câmeras – uma frontal VGA e uma traseira de 5MP com flash LED – e roda Android 2.2, com suporte a Adobe Flash.
Que os smartphones poderiam substituir os notebooks, o Pedro já previa há tempos, neste texto publicado na Superinteressante em meados de 2008. Mas não prevíamos que um smartphone poderia substituir um notebook se tornando um. No fim, o Atrix pode representar uma nova fronteira para os smartphones: com a ajuda de uma tela maior, eles se tornarão mais que computadores de bolso – serão PCs ultra(mega)portáteis, com docks para acompanhar. É, ele não vai substituir completamente um computador, pelo menos não agora – nem que usar um navegador para desktop seja o suficiente para o usuário (Chrome OS, alguém?). O fator preço deve falar alto, e o Atrix inicialmente deve ser caro. Mas é um começo.
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Mas quanto custa tudo isso? A Motorola diz que ainda é cedo para dizer preços, mas o Atrix “será competitivo”. Bem, saberemos o preço em breve: o Atrix será lançado nos EUA ainda este trimestre.

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