terça-feira, 28 de junho de 2011

Hacker britânico é libertado sob condição de ficar longe da internet



Ryan Cleary, de 19 anos, é acusado por ataque ligado ao grupo LulzSec.
Grupo teria invadido sites da CIA, do Senado americano e da Sony.

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O adolescente britânico Ryan Cleary, de 19 anos, acusado de participar dos ataques do grupo de hackers LulzSec a sites internacionais, foi libertado sob fiança pela Justiça da Grã-Bretanha, com a condição de que não acesse a internet.

Enquanto aguarda o julgamento, previsto para agosto, Cleary terá de usar uma pulseira eletrônica para monitoramento, terá que observar um toque de recolher entre as 21h e 7h e só poderá sair de sua casa acompanhado de um de seus pais.

O adolescente foi preso na semana passada como parte das investigações da Scotland Yard (a polícia metropolitana de Londres) e do FBI (a polícia federal americana) sobre as ações do grupo LulzSec.

O grupo de hackers ganhou notoriedade ao invadir sites altamente visados e considerados de alta segurança, como o da CIA (Central de Inteligência Americana), do Senado americano, dos canais de TV Fox e PBS e de multinacionais como Sony e Nintendo.

Um braço brasileiro do grupo, LulzSecBrazil, reivindicou ataques a vários sites do governo, entre eles o da Presidência da República, da Receita Federal, do IBGE e da Petrobras.

Síndrome de Asperger
Cleary é acusado de ter estabelecido um ataque por meio do sistema de distribuição de negação de serviço (DDoS, na sigla em inglês) ao site da Soca, a agência britânica de investigações sobre o crime organizado.

Um ataque pelo sistema DDoS envolve 'inundar' o site alvo com dados, numa tentativa de sobrecarregá-lo para que ele fique incapaz de servir aos usuários legítimos.

A mãe de Cleary, Rita, afirmou nesta segunda-feira que concordaria com qualquer condição para a libertação de seu filho, que foi diagnosticado com síndrome de Asperger.

'Estou consciente de que sou sua melhor amiga, além de sua mãe, porque ele é recluso', afirmou Rita, descrevendo-o como 'minha vida'.

Em entrevista a uma rádio local da BBC, logo após a prisão do filho, Rita Cleary descreveu-o como uma pessoa 'introvertida' que passava a maior parte do seu tempo diante do computador e que não gostava muito de sair de casa.

Após a audiência na qual foi aprovada a libertação sob fiança, a advogada de Cleary, Karen Todner, afirmou que ele estava muito aliviado por poder 'ir para casa para ficar com sua mãe, com seus gatos e com seus livros'.

'Ryan foi diagnosticado na semana passada com síndrome de Asperger, que é uma forma de autismo altamente funcional', afirmou a advogada. 'Ele agora receberá o apoio profissional de que necessita. Sua inteligência óbvia poderá agora ser canalizada para algo útil', disse.
fonte: G1/Globo

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