Mais uma conquista da física: cientistas conseguiram armazenar informações por cerca de dois minutos dentro dos “giros magnéticos” dos núcleos atômicos, o que poderia ser a menor memória de computador do mundo.
Esse é considerado um grande avanço na spintrônica, ou magnetoeletrônica, que envolve o armazenamento de dados na bússola magnética das partículas atômicas. Normalmente, os dados são armazenados no spin dos elétrons, mas a vida da memória é na escala de microssegundos.
Dessa vez, os pesquisadores armazenaram os dados no núcleo de maior duração do átomo. Os físicos mapearam o spin eletrônico de elétrons que orbitavam átomos de fósforo adicionados a um semicondutor de silício.
A equipe usou uma frequência parecida com a de ondas eletromagnéticas para dar um spin a elétrons específicos. Em seguida, eles utilizaram as ondas de rádio de FM para “escrever” sobre o spin dos núcleos de fósforo.
Após 112 segundos, a rotação foi mapeada de volta para um elétron, para ser lida eletricamente. A equipe usou dados binários clássicos (0 e 1) ao invés de dados quânticos. Mas o método poderia ser usado tanto em computadores convencionais como quânticos.
Dois anos atrás, outro grupo de pesquisa realizou armazenamento de dados quânticos por dois segundos dentro de núcleos atômicos, mas não conseguiu lê-los eletronicamente. Segundo os pesquisadores, o tempo maior é mais adequado para criar memória spintrônica para computadores.
Há apenas um problema na nova pesquisa: o computador opera em -250 graus Celsius, e requer um campo magnético cerca de 200 mil vezes mais potente do que o da Terra. O próximo passo seria descobrir como realizar a mesma tarefa em temperaturas mais altas e campos magnéticos mais fracos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Regras:
Não Flood
Não Xingue
Não Divulgue Outros Blogs
Não Limite palavras
Seja o mais Claro o Possível
Não tenha preguiça
Utilize quantos caracteres forem precisos.