Um caça F/A-18F Super Hornet do Esquadrão de Caças de Ataque (VFA) 102 "Diamondbacks" é lançado do porta-aviões USS George Washington. (Foto: Marcos Vazquez / U.S. Navy)
Durante homenagem aos militares brasileiro mortos no terremoto no Haiti ocorrido em janeiro de 2010, o Ministro da Defesa Nelson Jobim foi questionado sobre a indefinição brasileira sobre a compra de caças franceses ou americanos para Força Aérea. O ministro falou que “o que falta é a decisão”.
A presidente Dilma Rousseff, que recebeu o relatório de Nelson Jobim, que deu preferência ao caça francês Rafale, disse que vai analisar as informações e que nada está decidido. Nesta semana, a presidente Dilma Rousseff esteve reunida com o senador norte-americano John McCain, que defendeu a tecnologia dos caças F/A-18 Super Hornet. Em março a presidente do Brasil viajará para os EUA onde também discutirá o assunto dos caças.
BONUS SOBRE OS CAÇAS AMERICANOS:
WikiLeaks: EUA fizeram lobby para Brasil comprar caças norte-americanos
FONTE: http://mundoaviacao-planetaaviao.blogspot.com/2010/12/wikileaks-eua-fizeram-lobby-para-brasil.html
Em um telegrama do dia 19 de maio de 2009, a ministra Conselheira Lisa Kubiske pediu que Washington fizesse um lobby mais intenso, pois alguns contatos brasileiros “dizem não acreditar que o governo dos Estados Unidos esteja apoiando a venda fortemente”, enquanto o presidente francês Nicholas Sarcozy estaria envolvido diretamente e os suecos estariam atuando “em nível ministerial”.
“A embaixada recomenda o seguinte, como próximos passos a fim de reforçar nossos argumentos no que tange à transferência de tecnologia: uma carta do presidente Obama ao presidente Lula defendendo a causa; uma carta da secretária Clinton ao ministro da Defesa Jobim afirmando que o governo americano aprovou a transferência de toda a tecnologia apropriada”, escreveu a ministra.
m sua avaliação, a campanha francesa é mentirosa: “Nos últimos meses, o esforço francês de vendas vem se baseando em alegações enganosas, se não fraudulentas, de que seu caça envolve apenas conteúdo francês[o que o isentaria dos incômodos controles de exportação dos Estados Unidos]. Mas isso não procede. Uma análise da Administração de Segurança da Tecnologia de Defesa encontrou alta presença de conteúdo norte-americano, o que inclui sistemas de mira, componentes de radar e sistemas de segurança que requererão licenças norte-americanas”
A decisão norte-americana de atuar mais fortemente foi vista com bons olhos pelo brigadeiro Juniti Saito. Por causa da atuação pessoal de Obama, que conversou com o presidente Luís Inácio Lula da Silva na cúpula do G8 em Áquila, na Itália, em 9 de julho de 2009, Lula teria instruído Jobim e Saito a conversarem com o Conselheiro de Segurança Nacional, general James Jones, segundo um telegrama de 31 de julho de 2009.
“Permanece, entretanto, o formidável obstáculo de convencer Lula. Nosso objetivo agora deve ser garantir que Jobim tenha argumentos reforçados ao máximo possível para ir a Lula em janeiro”. Para ela, o “alto preço” do Rafale e “as dúvidas sobre o desenvolvimento do Gripen” levariam o Super Hornet a ser a “opção óbvia”. Mas “o fato é que Lula reluta em comprar um avião dos EUA”.
Um dos telegramas obtidos pelo Wikileaks relata uma conversa telefônica entre Nelson Jobim e o atual embaixador dos EUA, Thomas Shannon, em 5 de fevereiro deste ano. O embaixador Shannon fez pressão, dizendo que “apesar da venda ser conduzida como uma transação comercial, a sua importância para a relação bilateral não deve ser ignorada”. Segundo ele, “a decisão inédita de transferência de tecnologia americana em apoio ao Super Hornet mostra o alto grau de confiança que o governo norte-americano coloca na sua parceria com o Brasil”.
fonte: Cavok
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