O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, disse que gosta de ver os bancos se contorcerem ao imaginar que eles podem ser os próximos alvos de seu site, que já publicou segredos da diplomacia e do exército norte-americanos.
“Acho ótimo. Temos esses bancos todos se contorcendo, achando que talvez sejam eles”, disse Assange ao programa de TV 60 Minutes, da emissora CBS.
A emissora divulgou na sexta-feira, 28, parte da transcrição do programa que irá ao ar neste domingo.
As ações do Bank of America caíram mais de 3% no dia 30 de novembro do ano passado, quando investidores temeram que o maior banco dos EUA fosse vítima de algum vazamento de documentos.
O entrevistador Steve Kroft perguntou a Assange se ele tinha um HD de 5 gigabytes que pertencia a um dos executivos do banco, como ele mesmo já havia afirmado.
“Não farei nenhum comentário sobre o que iremos publicar”, disse o fundador do site, que está numa espécie de prisão domiciliar na Inglaterra, à espera de uma audiência de extradição para a Suécia sobre uma acusão de teor sexual que ele nega.
Assange disse à revista Forbes que o WikiLeaks planeja um “megavazamento” ao publicar dezenas de milhares de um grande banco norte-americano no início de 2011 que faria o banco ser investigado.
Em uma entrevista em outubro de 2009, ele contou à Computerworld que o WikiLeaks tinha obtido 5 gigabytes de dados de um HD de um executivo.
A entrevista da Forbes foi publicada logo que o site tornou públicos 250 mil documentos relativos a conversas entre o corpo diplomático norte-americano. Anteriormente, o WikiLeaks havia vazado quase 500 mil arquivos considerados top secret em relação às guerras do Iraque e do Afeganistação.
O vazamento dos documentos diplomáticos renderam várias manchetes pelo mundo, e revelaram que líderes da Arábia Saudita exigiram ação militar norte-americano contra o Irã e detalhavam contatos entre diplomatas norte-americanos e políticos dissidentes e de oposição em alguns países.
Assange disse ao 60 Minutes que ele espera retaliações pesadas dos EUA, mas que o governo americano não conseguiu derrubar seu site.
“Os EUA não têm a tecnologia para derrubar o site… Devido à forma como a nossa tecnologia foi construída, como a internet foi construída”, disse.
“Fomos atacados em alguns domínios particulares. Pequenas peças de infraestrutura foram derrubadas. Mas agora temos cerca de 2.000 sites completamente independentes, em que publicamos em todo o mundo. Quer dizer, é impossível nos derrubar”.
O site afirma ser uma organização sem fins lucrativos fundada por ativistas de direitos humanos, jornalistas e pelo público em geral. Lançado em 2006, o WikiLeaks promove o vazamento de informações para lutar contra a corrupção governamental e corporativa./REUTERS
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