Na natureza nada se cria, tudo se copia transforma, já dizia a letra daquele funk cujo nome não me lembro agora. E parece que essa regra básica para vestibulandos se aplica também aos videogames. Apesar de eu não ter muita certeza se os consoles retrô são uma criação da natureza ou não, sei muito bem quem transformou um Nintendinho que já não funcionava mais em algo totalmente inesperado: um estojo.
O nome do inventor maluco é Daniel Marinho, que se auto intitula designer gráfico foda freelancer. O rapaz pegou a carcaça velha de seu Nintendinho que não funcionava mais (se funcionasse, Daniel, você poderia esperar uma legião de fãs e colecionadores atacando sua residência com tochas), extirpou suas entranhas eletrônicas e adaptou sua carcaça oca para que ela se transformasse em um belo estojo de ilustrador.
Sim, um daqueles estojos que você levava na escola e usava para esconder o tamagochi e as colas de matemática da inspeção minuciosa da “tia”. Só que muito maior, mais legal, mais bonito e mais geek. Pena que Daniel não pretende comercializar sua peça, pena maior ainda que a Nintendo não fabrique algo parecido em escala industrial. Porque, se eu tivesse um desse na minha época de ginásio, tenho certeza que iria ser muito mais socialmente aceito entre os membros da minha turma (ou não).
O Daniel explicou e deu detalhes de seu projeto pessoal épico em um post de seu blog:
(…) o desafio era criar algo útil a partir da carcaça de um videogame estragado, meu velho Nintendinho 8-bit. (…)Analisando seu design “moderno”, quadradão, com espaço de sobra para o que “veio” dentro; me surgiu uma única e clara ideia: fazer um casemod para um estojo de ilustração.
Mais um vez a produção foi totalmente manual, num conjunto de esforços das áreas de design, engenharia,
geometria, marcenaria, conhecimento em materiais e um pouco de gambiarra.
O estojo contém:
- 1 Sketch book
- 1 régua 15 cm
- 5 lápis de desenho
- 1 borracha
- 1 tinta nanquim
- 1 pincel pequeno
- 1 estilete pequeno
- 1 caixa com lâminas
- 3 canetas nanquim
- 1 lapiseira 0,5 mm
- 1 caixa de grafite
- 1 compasso com adaptador
Videogames, design, sustentabilidade e todas aquelas outras palavras da moda, em um único “casemod”. Eu fico imaginando se há algum console da geração atual capaz de aguentar modificações tão drásticas assim a ponto de alterar sua função social. Eu diria que poderíamos fazer um grill com o PS3 ou um aquecedor com o X360, mas Sonystas e Caixistas iriam ficar bem irritados, então equilibro os ânimos dizendo que poderia muito bem usar o Wii como peso de papel.
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