Sabe quais são as duas coisas que mais fazem falta na indústria de games atual? Criatividade e coragem para ousar. Presos por fórmulas que já foram testadas e que garantem sempre uma margem de lucros às produtoras, os desenvolvedores não inovam e entregam, às vezes anualmente, produtos repetitivos e pouco originais. E é por isso que eu gosto da cena independente de games: boa parte dos desenvolvedores não é limitada pela necessidade de lucrar ou pela fama de marcas e franquias, então eles podem fazer jogos totalmente incríveis e criativos. Como foi o caso de Octodad, e é o caso de Dino D-Day, um shooter baseado na Segunda Guerra Mundial.
Se você não pular este e os próximos parágrafos do texto para ir xingar nos comentários o “imbecil do autor que usou ‘inovador’ e ‘jogo de tiro na Segunda Guerra’” na mesma sentença, vai entender que Dino D-Day pode usar o cenário histórico mais batido de toda a indústria dos games e o tornar legal, divertido e interessante novamente adicionando um único elemento de anacronismo na parada: dinos.
Sim, dinossauros, porque todo mundo sabe que zumbis – mesmo zumbis nazistas – já não têm o mesmo encanto de antigamente. Além disso, dinossauros são a terceira coisa mais legal da história do universo depois dos sabres de luz e dos videogames. E esses dinossauros são nazistas, revividos por Adolf Hitler em 1942 para vencer a guerra, o que torna a coisa toda ainda mais sensacional.
Com um exército de dinos, era de se esperar que a Alemanha estivesse vencendo a guerra. Os gigantescos seres estão destruindo a Europa e mudando os rumos da história, e você não pode deixar isso acontecer, pode? Ou você quer fazer isso acontecer? Bom, não importa, você pode escolher qualquer um dos lados nessa versão da Segunda Guerra Mundial que, convenhamos, é muito mais legal que a do mundo real.
O lado dos Aliados inclui seis classes de personagens, cada um com armas e habilidades únicas para o combate. Você pode derrubar um dilofossauro com seu fiel rifle M1 Garand, explodir um pterossauro kamikaze do céu com a sua submetralhadora Thompson, ou até mesmo atirar carne morta para seduzir um velociraptor para uma armadilha.
“Os aliados são legais, mas eles não têm dinossauros”. Provavelmente essa vai ser a desculpa dos jogadores para preferirem o Eixo, o lado nazista, genocida e perdedor da Grande Guerra. Quem encarar as implicações morais de lutar pelo Eixo poderá escolher três classes de humanos e três classes de dinossauros. Você poderá preparar emboscadas como um velociraptor, destroçar seus inimigos com a pesada de artilharia de 20 milímetros montada sobre as costas de um Aetosauria, ou aniquilar a oposição Aliada na pele de um enorme Dilofossauro.
O jogo usa a Source Engine, de Half-Life 2 e Portal, e está sendo desenvolvido por uma equipe independente em parceria com o estúdio Digital Ranch. Acesse o site oficial do game para conferir mais imagens e baixar um kit de mídia que inclui, entre outras coisas, vários papéis de parede muito bacanas. Além, é claro, do sensacional trailer que você pode conferir abaixo:
O que falar de um jogo em que podemos socar um Tiranossauro-Rex no nariz? Aí está mais uma entre as diversas provas de que a indústria “principal” poderia fazer muito mais do que está fazendo. Eu me pergunto: por que nenhum desenvolvedor grande teve uma ideia como essa para um
shooter antes? Será porque 99% deles estão preocupados demais em copiar Call of Duty, e 1% está preocupado em… bem, ser Call of Duty?
Para finalizar, confira abaixo uma galeria de imagens de divulgação do jogo, inspiradas em famosos cartazes de recrutamento da Segunda Guerra, só que com dinossauros. Dino D-Day será lançado no dia 8 de abril, e já está disponível para pré-venda no Steam por US$ 19,99 (R$ 34). Quem comprar antecipadamente vai ganhar 10% de desconto, e já pode ir se prepararando para ser trucidado pelo meu velociraptor.
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