sábado, 4 de dezembro de 2010

Checkpoints e progresso do Brasil no mercado dos games

O Brasil foi mais que um coadjuvante no mercado de videogames em 2010. Revistamos os momentos mais importantes do ano.

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O argumento é batido, mas não deixa de ser verdadeiro: jogar videogame no Brasil não é fácil. De um lado, uma sociedade que parou no tempo e ainda vê os jogos como brincadeira de criança. De outro, um governo que não cria políticas para reduzir os impostos. No meio do caminho, uma pirataria corrosiva e uma sedutora indústria da importação cinzenta, sem declarar impostos, sem procedência.

Em 2010, esse argumento ainda é válido, mas a situação está com cara de que vai mudar para melhor. Cada vez mais as empresas estão caçando o mercado brasileiro, preparando lançamentos exclusivos. De outro lado, setores da imprensa e da iniciativa privada local preparam eventos que, confiantemente, batem no peito e bradam: “Queremos ser E3!”.

Compilamos uma lista dos eventos marcantes, sejam eles bons ou ruins, que definiram 2010 como um ano que sinaliza mudança para o mercado nacional de videogames. É pra ler, jogar e depois comer uma bela feijoada.

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Brasil Game Show

Com cara de E3, stands bonitos, games ainda não lançados e celebridades, o evento carioca Brasil Game Show se mostrou um dos maiores do país. O grande destaque da feira, que rolou por dois dias, foi a presença de “Mortal Kombat”, game da Activision que ainda não foi lançado, além do comparecimento de um de seus produtores, Hector Sanchez. Para 2011, a organização promete dobrar a área utilizada e ampliar a feira para cinco dias de duração.

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Lançamento do Kinect

A Microsoft do Brasil fez um trabalho louvável, ainda que esperado, para o lançamento do Kinect no Brasil. O periférico chegou ao mercado, ao lado de seus principais games. Acontece que a empresa não botou muita fé no sucesso do periférico que detecta movimentos: pouco mais de mil Kinects chegaram ao mercado. A procura foi bem maior que isso e, no primeiro momento, alguns consumidores ficaram sem acesso ao produto. Bola fora, mas que mostra a força emergente do mercado nacional.

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PlayStation 3 é lançado oficialmente no país

Quase que subitamente, a Sony decidiu investir pesado na divisão brasileira do PlayStation. Parecia uma questão de tempo até que o PlayStation 3 fosse lançado aqui, talvez até mesmo fabricado por aqui, o que cortaria os custos. Bem, não foi bem isso o que aconteceu. Em 2010, o console da Sony chegou ao país custando R$ 1.999, o que jogou o PS3 em uma categoria diferente do Xbox 360, que tinha versão com dois games a R$ 999. Mesmo assim, a manobra mostra que o interesse da Sony é ficar no país definitivamente. Podia ser mais suave no bolso, mas nem tudo é perfeito.

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“Halo: Reach” dublado em português brasileiro

“Halo: Reach” fechou a saga Halo no Xbox 360, pelo menos no tange games criados pela Bungie, estúdio que deu início à franquia em 2001, no Xbox original. O Brasil recebeu uma versão dublada do game, no mesmo molde que “Halo 3” e “Halo 3: ODST”. Ainda que meio brega aqui e ali, o esforço é sólido e competente. Claro, podia ter uma opção para mudar o idioma do game, mas o esforço de adaptação é visível e algumas performances são bastante incríveis. Ponto para a Microsoft!

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“Starcraft 2” no Brasil

Fãs de games de estratégia não tiveram como reclamar do lançamento ostensivo de “Starcraft 2”, da Blizzard, em território nacional. O game, lançado para PCs a um preço bem camarada (R$ 50), ganhou uma versão dublada em nosso idioma e saiu no mesmo dia que nos outros países. A Blizzard, com isso, marcou sua entrada oficial no mercado brasileiro e, mesmo (ainda) sem indicar alguma versão tupiniquim para “World of Warcraft”, deu um importante primeiro passo em estreitar a relação da desenvolvedora com os jogadores brasileiros.

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Troféu Gameworld, com a presença de Charles Martinet

Realizado em São Paulo, a entrega do troféu Gameworld, a maior premiação de games do país, em 2010, quis dar um passo maior e virou uma grande feira de games. Publishers, distribuidoras e importadoras tomaram de assalto o galpão que, por dois dias, respirou games. O grande convidado, no entanto, foi o bonachão dublador de Super Mario, Charles Martinet, que conquistou o público disparando seus famosos gritinhos do encanador bigodudo. Para o ano que vem, a ambição é trazer o guru da Nintendo, Shigeru Miyamoto, criador de “Mario”, “Zelda” e “Donkey Kong”.

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Criador de “Braid” no Brasil

Um dos designers mais visionários da atualidade passou pelo Brasil, como parte do SBGames 2010, o maior evento de desenvolvimento de jogos do país, que aconteceu em Florianópolis. Jonathan Blow, criador do hit indie “Braid” passou pelo país, compartilhando sua experiência de ter financiado do bolso a criação do game, que se tornou um fenômeno, aclamado pelo público e pela crítica e acabou mudando a cara da indústria.

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Lançamento de “Donkey Kong Country Returns” em São Paulo

A Nintendo brasileira resolveu agradar os fãs de “Donkey Kong” no Brasil e promoveu uma festa de lançamento do game no zoológico de São Paulo. Com uma área de 150m² decorada com itens baseados no game e funcionários prontos para mostrar o game, que podia ser jogado em diversas TVs, a Nintendo deu um vislumbre do que pode ser o mercado nacional daqui a alguns anos, com títulos de peso recebendo eventos temáticos no país.

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Xbox Live oficialmente no Brasil

Promessa é dívida. A Microsoft vem prometendo uma versão nacional da Live há algum tempo e, a partir de 10 de novembro, quem mora no Brasil pôde criar sua conta nacional ou fazer a migração, sem custos. O serviço, claro, lançou com seus probleminhas, como um número menor de jogos na Live Arcade quando comparada à Live matriz. Além disso, os jogadores não podem baixar games que já tinham comprado no serviço, por isso a empresa recomenda um backup.

Mesmo com esses probleminhas, a distribuição massiva de cartões com códigos tornou a atividade de comprar Microsoft Points ou renovar a assinatura da Live Gold muito fácil para o consumidor brasileiro. Um passo fundamental para integrar o país e uma coisa impensável há alguns anos.

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