quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Nextel investirá até R$5,5 bi para rede nacional 3G



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A Nextel, operadora de telefonia controlada pela norte-americana NII Holdings, pretende investir um total de até 5,5 bilhões de reais no Brasil nos próximos cinco anos —incluindo os recursos destinados ao pagamento de licenças para ter uma rede nacional de telefonia móvel 3G, compradas nesta terça-feira.

Como já previam especialistas, a Nextel levou a melhor e arrematou 11 dos 13 lotes principais da banda H. Pelas regras do leilão promovido pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) a prioridade, nesses lotes, era para empresas que ainda não tinham licença de atuação 3G —caso da Nextel.

Com o leilão ainda em andamento em Brasília, a Nextel também tinha conquistado o lote 40.

Até 18h, o leilão estava perto de chegar ao 100o lote de um total de 165. Pelos lotes que venceu até esse horário, a Nextel desembolsou cerca de 1,4 bilhão de reais, contra valor mínimo previsto no edital totalizando 1,3 bilhão de reais.

Com isso, a Nextel abre caminho para reforçar sua atuação em todo o país, uma vez que atua com força apenas nos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo, podendo ainda iniciar uma atuação na banda larga móvel.

De acordo com o presidente da Nextel, Sérgio Chaia, com entrada no mercado 3G conquistada nesta terça-feira, a empresa ganha possibilidades de expansão. "Também pensamos em entrar na banda larga móvel, é um mercado promissor", afirmou Chaia durante entrevista após o leilão dos 13 lotes iniciais pela Anatel.

"As conquistas de hoje devem dobrar o potencial de crescimento da Nextel no país", previu Chaia, comentando a nova área de cobertura da empresa, que passa a ter amplitude nacional.

Incluindo os recursos para quitar as licenças, a Nextel planeja investir de 4,5 bilhões a 5,5 bilhões de reais no Brasil em cinco anos.

De acordo com o diretor financeiro da Nextel, João Marcos Cerqueira, os investimentos serão realizados com recursos nacionais. "A matriz pode enviar (capital), mas a operação no Brasil é tão boa que podemos avançar no 3G sem precisar de aporte de matriz", afirmou o executivo.

No último processo de licitação promovido pela Anatel em 2007, a Nextel tentou adquirir licenças 3G, mas não teve sucesso devido à agressividade de outros concorrentes.

A CTBC Telecom superou a Nextel no leilão desta terça-feira ao fazer a maior oferta pelo lote 5, que abrange o interior de Minas Gerais. A operadora mineira ofereceu ágio de 32,4 por cento sobre o preço mínimo, se dispondo a pagar 30,5 milhões de reais.

A Oi ficou com o lote 8, também disputado pela Nextel, que inclui um município no Mato Grosso do Sul e seis em Goiás, por 1,35 milhão de reais, ante preço mínimo de 817 mil reais.

Os lotes 14 a 39 seriam ofertados apenas se os 13 primeiros não tivessem recebido propostas válidas. Assim, o leilão prosseguiu a partir do lote 40. Diversos lotes não entraram em licitação por falta de garantias.

A Vivo, maior operadora móvel do Brasil controlada pela Telefónica, tinha vencido mais de uma dúzia de lotes, oferecendo na maioria deles ágio de cerca de 20 por cento sobre o preço mínimo, com pagamento total pelos lotes na casa dos 640 milhões de reais.

Alguns lotes estavam com a licitação suspensa por recurso, a maioria da Claro, que tinha conquistado dois lotes —86 e 89, por 13,4 milhões de reais cada, ágio de 30 por cento em ambos os casos. A TIM havia vencido o lote 91, pagando 3 milhões de reais.

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