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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
testado Killzone 3: em português, em 3D e até com a metralhadora do Move
Na manhã ensolarada desta terça-feira (8) a Sony Brasil convidou o Kotaku BR – e alguns outros veículos especializados em capturar telinhas – para fazer duas coisas. Primeiro, colocar nossas mãos ligeiramente suadas em Killzone 3, o novo jogo de tiro da Guerrilla Games e, segundo, trocar umas palavras com o solícito Hermen Hulst, o diretor do jogo, por telefone. Tudo guiado pelo gerente de produto Ricardo Filó. E ao nos acomodarmos em nossas cadeiras na sala de reunião e superarmos alguns problemas técnicos, vimos – ou melhor, ouvimos – a primeira novidade do dia. Que, para você, já não era tão novidade assim.
Português brasileiro
A Sony já havia avisado que o novo Killzone seria lançado com áudio e legendas em português na terra verde-e-amarelo, mas saber e ouvir, como você pode imaginar, são coisas completamente diferentes. O jogo abre com um discurso das autoridades de Helghan incentivando seu povo a partir para a guerra. O que ouvimos são frases de efeito, mas com uma qualidade de texto que talvez não fizesse você levantar da cama.
Um exemplo do próprio discurso: várias passagens são terminadas com “Mas esse tempo é passado”, dando a entender que a época em que o povo era servil já tinha acabado. Em outro momento, um general diz que está “mortificado” em comandar suas tropas no confronto contra as forças da ISA. Mais adiante, um indicador na tela mostra o “Destino do Objetivo”. A impressão, em alguns momentos, é que a equipe responsável se limitou apenas a traduzir e realizar pequenas adaptações no texto, em vez de pensar no que soaria mais natural aos ouvidos brasileiros. Por outro lado, a Sony não teve medo de pegar pesado, mantendo as falas o mais próximo possível das originais – incluindo as centenas de palavrões. Classificação “Para Maiores de 18 Anos” totalmente justificada.
O trabalho de dublagem também sofre de uma inconsistência grave. De um lado você tem Stahl, comerciante de armas do mundo Helghan cujo tom de zombaria e irritação foi bem captado pelo ator brasileiro. Já os dubladores de Sev, Rico e Nerville, os protagonistas da ISA, não são capazes de demonstrar uma emoção corretamente. A referência de qualidade mais próxima é o trabalho feito na versão nacional de WarCraft II.
Mas nem por isso você deve deixar de comprar a edição nacional do jogo. Será possível, por exemplo, deixar o áudio em inglês com legendas em português, e vice-versa. Há diversos idiomas disponíveis e prontos para acariciar os seus ouvidos.
Filó contou que o trabalho de dublagem e localização foi feito todo pela Sony americana e a própria Guerrila Games, com a divisão brasileira da empresa participando apenas com algumas sugestões. Durante nosso encontro, tanto ele quanto Alexandre Gracias, o gerente da divisão de games da empresa no Brasil, demonstraram bastante interesse na opinião dos jogadores que, pelos comentários no YouTube e aqui no Kotaku Brasil, não foram tão positivas assim.
Bang-bang do futuro
Felizmente, a insatisfação com a dublagem desaparece quando você começa a arrancar as primeiras cabeças de nazistas espaciais, e quem experimentou um pouco da fase beta já sabe disso. Killzone 3 é um jogo muito mais ágil e variado que o seu antecessor, e isso ficou bem claro durante as primeiras missões da campanha principal.
A narrativa acontece em dois momentos minutos depois de Rico ter matado o ditador Visari no final de Killzone 2, e seis meses depois quando, aparentemente, a guerra já está chegando aos seus momentos finais. O tempo entre esses dois eventos está recheado de todo tipo de missão em todo tipo de lugar, ao contrário dos tiroteios comuns e em tons de cinza e bege do game anterior. Com exceção da cidade-padrão do começo do jogo, a aventura leva Sev e Rico a geleiras, florestas e até a confrontos com robôs gigantes (pilotáveis!).
A missão de infiltração em meio a uma selva com plantas carnívoras e vegetação explosiva foi um dos pontos altos de 2011 até agora. É um trabalho de pura furtividade: é preciso avançar com cuidado, sem fazer barulho e usando apenas o veneno das plantas para matar os guardas em patrulha. Um passo em falso e você precisará enfrentar não apenas todos os inimigos comuns, mas também um tipo de unidade especial que pode desviar dos seus tiros e eliminar você com uma só facada. Tudo isso em um cenário interessante e cheio de cores, ainda que um pouco linear.
Quem está acostumado com os Halo e Call of Duty recentes, aliás, vai se surpreender com a dificuldade do game da Guerrilla. Mesmo na dificuldade padrão, não basta saber a hora certa de colocar a cabeça para fora da cobertura para vencer. Para compensar um pouco, agora você pode ser revivido uma vez a cada vida por um companheiro, dependendo da ocasião. Além disso, existe o tão comentado multiplayer cooperativo que, infelizmente, só funciona com um amigo sentado no mesmo sofá – nada de suporte online.
Nesse modo, a tela é dividida verticalmente e os dois heróis (normalmente Sev e Rico, sendo que o segundo pode ser substituído por Natko, por exemplo) andam sempre pelo mesmo caminho. A novidade, como (quase) tudo o que se refere a multiplayer, é bem-vinda, mas nesse caso específico faltou variedade. Até o momento em que pudemos jogar não houve rotas alternativas para cada jogador, por exemplo, e não há um indicador na tela que mostre onde está o seu parceiro. Ainda assim, há situações em que os dois podem se organizar para pegar um inimigo de surpresa, por exemplo, o que dá aquele gostinho todo especial.
Mas o gostinho é especial mesmo quando você coloca aqueles óculos do futuro e começa a enxergar tudo em 3D – balas perdidas voando no seu rosto enquanto a tela fica cheia de geleia de morango. Eu sou o tipo de pessoa que fica enjoado quando assiste outra pessoa jogando FPS e quase fui hospitalizado ao assistir à sequência inicial de Harry Potter e o Enigma do Príncipe. Mas jogar Killzone 3 naquela televisão cara me deixou feliz. A sensação de imersão é realmente maior, e você pode ter uma noção mais apurada da profundidade e distância de tudo. É uma outra experiência.
Já jogar com o Move e a Sharpshooter é divertido, mas nada que vá mudar a sua vida. Brincar com a metralhadora de verdade de mentira é uma experiência meio dolorida depois de alguns minutos, comprovando que, quando o negócio é jogo de tiro, um bom controle normal é imbatível – na ausência de mouse e teclado, claro. Por falar nisso, nada mais de ficar preso a só um esquema de controle: existe agora o padrão, que mantém a mira de precisão no clique do R3, e o alternativo, que manda esse comando para o L1 e deixa tudo mais confortável para quem está acostumado a outros FPS.
Fuzilando o diretor
Quando se aproximava a hora do almoço – e já estávamos devidamente abastecidos de quitutes -, Filó pediu que redirecionássemos a artilharia. Era hora de conversar com Hermen Hulst, diretor do jogo. Quando a ligação foi feita, um grupo de jornalistas chilenos estava terminando sua rodada de perguntas. Em seguida a caravana brasileira entrou em ação.
Hermen começou explicando os avanços gráficos em relação ao Killzone anterior: um trabalho que rendeu o dobro do número de polígonos, uma maior Distância de Renderização (até onde o jogo “monta” o cenário e outros elementos na tela) e ambientes muito maiores – e que isso é apenas uma das grandes melhorias. Para Hulst, um dos maiores trunfos de Killzone é como ele integra bem os sistemas do jogo. A física, os comandos, o realismo das armas, a reação dos corpos dos inimigos às balas e a grande variedade de situações apresentadas durante a história.
O modo multiplayer, diz o diretor, também representa uma grande evolução, baseada no que os jogadores pediram. Antes era preciso desbloquear classe por classe num processo um tanto quanto demorado – mas agora todas elas já vêm habilitadas, e você pode escolher em quais habilidade investir na ordem que quiser. Esse, segundo Hulst, é um esforço consciente da Guerrilla para dar escolha ao jogador. Além disso, as partidas online contarão com veículos (algo inédito até agora) e os melhores jogadores vão virar astros no fim de cada rodada, recebendo cutscenes próprias para enaltecer sua mira precisa ou a sorte absurda.
Hulst ainda confirmou que os participantes do beta de Killzone 3 já abateram mais de 15 milhões de inimigos e que, apesar de não ser possível dizer exatamente quantos desses são brasileiros, a comunidade daqui é forte e vem crescendo, tanto que convenceu a produtora a localizar o game para o nosso país.
No meio de um mercado tão abarrotado quanto o dos jogos de tiro em primeira pessoa, o diretor é otimista. Para ele, o jogo tem uma identidade própria e traz uma experiência única no meio dos Call of Duty e Halo da vida. Isso porque, além da da base, da física e das mecânicas que já havia mencionado, Hermen acredita que Killzone está em um ponto ideal entre ficção e realismo, tanto em termos de história quanto de elementos do jogo em si. E o futuro do gênero, avalia, está na mistura do estilo tradicional com coisas vindas de outros tipos de jogos – como os RPGs, por exemplo, cujos sistemas de evolução já são quase obrigatórios nos shooters de hoje.
Por fim, ele confirmou: um novo episódio da série deve pintar no NGP, o novo portátil da Sony.
Abrindo a lojinha
Killzone 3 chegará ao Brasil em duas edições: a normal, que custará os já conhecidos R$199,90, e a especial – aquela que vem com o capacete, sem preço definido. Mas antes de se empolgar, preste atenção: a edição limitada brasileira não terá a miniatura de Helghast nem a trilha sonora – teremos apenas a cabeça sinistra e o livro de arte. Segundo Filó, os brindes são importados, e por isso há uma dificuldade burocrática de trazer tudo para cá. O código para o beta de SOCOM 4, que acompanhará todas as cópias do game nos EUA, será substituído por um tema estático exclusivo para os consumidores da América Latina.
Os fãs mais fiéis poderão participar dos eventos de lançamento do jogo que acontecerão na virada do dia 22 de fevereiro. Ainda não foram divulgados os locais, mas se a tradição for mantida, é bom ficar de olho na Sony Style mais perto de você. Também é possível que apareçam quiosques de testes para você experimentar um pouco dos pipocos em 3D.
Passamos algumas poucas horas com Killzone 3 no escritório da Sony e mais algumas no beta disponibilizado via PlayStation Network. E, mesmo com esse pouco tempo, podemos dizer que, depois de um começo quase incógnito, a série não deve nada a nenhum fuzileiro naval do espaço. Aguardemos o jogo final, portanto.
fonte: Kotaku
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