Executivos de grandes grupos de mídia contam que assistir à TV ficará cada vez mais fácil
Dentro de cinco anos, quando você sentar no sofá, poderá estalar os dedos para ligar um aparelho de TV fino como um papel, que vai ocupar toda a parede e pedir a ele que ligue no seu canal de esportes favorito para que assista ao jogo de beisebol do dia em 3D - sem precisar de óculos.
Esse foi o retrato pintado por importantes executivos questionados sobre o futuro da TV durante um encontro de mídia global promovida pela agência de notícias Reuters, que aconteceu nesta semana.
Nem todos concordavam quanto a todos os detalhes. Alguns, como Philippe Dauman, presidente-executivo da Viacom, alertaram que grandes mudanças poderão demorar mais de cinco anos, apesar de as pessoas terem "uma visão muito otimista sobre a rapidez e a amplitude da adoção de aparelhos".
Mas havia amplo consenso quanto ao fato de que se acomodar na sala para assistir TV não é um hábito extinção. Os executivos disseram que, pelo contrário, essa experiência deverá se tornar mais simples.
"Não queremos um futuro em que as pessoas precisem de doutorado para usar os serviços de mídia", disse Jeffrey Bewkes, presidente-executivo da Time-Warner.
De Paris, Frederic Rose, presidente-executivo da Technicolor, fabricante francesa de decodificadores para TV, disse que sua esperança é de que, dentro de cinco anos, a sala de estar tenha um grande televisor, um controle remoto e um decodificador que deverá permitir aos telespectadores se conectarem à internet, assistir à TV e buscar vídeos e filmes.
Segundo Rose, "hoje, muitas vezes é preciso clicar 12 vezes para encontrar um programa". Ele acrescentou que "há caixas demais, controles remotos demais e equipamentos demais".
Controles remotos frustrantes e confusos são a maior reclamação dos usuários de TV, e isso em um momento no qual não se espera que o controle remoto faça muito mais que o básico: ajustar o volume, mudar de canal, adiantar um programa ou permitir a leitura de uma lista de programação.
Bobby Kotick, presidente-executivo da Activision Blizzard, produtora que criou o jogo Call of Duty, disse que "o controle remoto comum não tem uso em videogames". Ele acrescentou que "o controle de videogames não pode ser usado para ver um filme e que nenhum dos dois serve para buscas: são controles burros".
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