quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

F-X2: Mira no caça nacional/ F-X2: Lockheed oferecera caça de quinta-geração F-35A



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Um caça F/A-18E super Hornet do Esquadrão "Gunslingers" (VFA-105) pousa a bordo do porta-aviões USS Harry S. Truman (CVN 75). (Foto: Mass Communication Specialist 2nd Class Kilho Park / U.S. Navy)

Pressão internacional por todos os lados fez o governo Dilma Rousseff arremeter o processo de compra de 36 novos caças para a Força Aérea Brasileira (FAB). O negócio que vai custar de US$ 4 bilhões a US$ 7 bilhões (R$ 6,7 bilhões a R$ 11,7 bilhões) ganhou agora uma sinalização mais clara que dele terá que nascer um caça de quinta geração totalmente desenvolvido no Brasil, uma espécie de independência nacional em relação a ponto tão estratégico de nossa defesa aérea.

A lista com três três aviões selecionados (Rafale francês, F/A-18 E/F norte-americano e o Gripen NG sueco) pode ganhar mais dois concorrentes. Missão nesse sentido foi feita pela Rosoboronexport, que projeta o russo Sukhoi, o SU-35.

O grupo conseguiu com o governo a abertura para apresentar uma proposta que será analisada pela FAB. Missão idêntica partiu dos italianos pelo Eurofighter. De sua parte os norte-americanos voltaram a acenar com a improvável abertura da tecnologia de seu caça F/A-18 E. Até missão do Congresso dos EUA desembarcou aqui. A aposta dos amigos da coluna, no entanto, ainda é por uma decisão política pelo Rafale.

Mais seis meses

A presidenta Dilma sinalizou que só tomará a decisão sobre os novos caças após ouvir o Conselho Nacional de Defesa. Com isso, a escolha fica para julho e os gastos para 2012.

Responsabilidade

Ao condicionar a decisão à reunião do Conselho, Dilma dividirá a responsabilidade pela compra com o vice-presidente, ministros e presidentes da Câmara e Senado.

Fonte: O Dia – Marco Aurélio Reis, via NOTIMP
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F-X2: Planalto traça 3 planos para compra de caças
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Caso haja interesse do governo brasileiro em reabrir a disputa de novos caças para FAB para mais concorrentes, a Lockheed pretende oferecer seu caça de quinta-geração F-35A. (Foto: Lockheed Martin)

A escolha do novo caça de tecnologia avançada da Força Aérea, o processo F-X2, deve ser decidido até julho, tem dito o ministro da Defesa, Nelson Jobim. A decisão está na agenda de 2011 da presidente Dilma.

O Planalto considera três hipóteses para o contrato, que prevê a compra inicial de 36 caças, podendo chegar a 120 até 2027: manter a F-X2 como está, adiar a decisão por um ano ou, em ação radical, encerrar essa operação e abrir outra imediatamente, uma espécie de F-X3 de prazo curto, única forma de admitir novos participantes.

A medida, todavia, traria desgaste diplomático. A seleção já dura 15 anos. Os três concorrentes são patrocinados por seus governos e têm investido pesado em estruturas locais de acompanhamento e de informação. O cientista social Gunther Rudzit, especialista em relações internacionais, alerta: “A imagem do Brasil será arranhada – e a postura da nossa diplomacia será questionada, afetando a aura de eficiência e profissionalismo que o Itamaraty sempre teve”.

Novos aviões. A entrada de outros competidores foi bem recebida no mercado especializado. A americana Lockheed-Martin não esconde a disposição de levar à mesa de negociações o F-35 Lightning, o mais avançado caça de múltiplo emprego em produção regular no mundo.

Será o próximo avião principal dos EUA, com versões para a força aérea e a aviação naval. Construído com materiais e recursos eletrônicos stealth, para escapar da detecção por radar ou sensores laser, é tão moderno que só começa a ser entregue em 2016. É caro, mas o preço está em queda: começou em US$ 89 milhões cada e chegará a US$ 73 milhões, resultado da fabricação em larga escala – 2.376 unidades vendidas para EUA, Austrália, Canadá, Itália, Dinamarca, Holanda, Noruega, Israel, Turquia e Grã-Bretanha. Outra vez, a dificuldade será a transferência de tecnologia.

Há outros pretendentes na F-X2. A Rússia, com o Su-35 e futuro Su-50. E a União Europeia, por meio do Typhoon Eurofighter. A proposta de menor valor é a da sueca Saab, que oferece o Gripen NG, em desenvolvimento, por US$ 4 bilhões. O mais caro e o preferido da Defesa – e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – é o francês Rafale, avaliado em cerca de R$ 6 bilhões. Entre um e outro está o americano F-18 Super Hornet.

O governo condiciona a compra à transferência de tecnologia em todas as áreas. É aí que as negociações ficam diferentes. Os franceses oferecem acesso irrestrito ao conhecimento pretendido. Os suecos convidam os especialistas militares e a indústria Aeronáutica a uma parceria ampla. Os americanos esbarram na complexa legislação do setor e no poder do Congresso para vetar o atendimento às exigências.

Os acertos entre o então presidente Lula e seu colega francês, Nicolas Sarkozy, eram fáceis em abril de 2010. No dia 22, Lula recebeu um telefonema de Sarkozy, empenhado em garantir a preferência pelo Rafale. Diante de cinco pessoas, Lula convidou-o para passar férias em Fernando de Noronha – e foi convidado a descansar no Vale do Loire. Riram e contaram piadas.

O clima desandou em maio. Lula liderou a proposta ao Irã para troca de urânio. De ambos os lados os convites foram esquecidos. O encontro de trabalho entre os dois, previsto para dezembro, não houve. E a decisão do F-X2 ficou para Dilma Rousseff.

Fonte: O Estado de São Paulo – Roberto Godoy, via NOTIMP

Nota do Editor: Não conseguimos nem comprar um de quarta geração. Fico imaginando qual seria a vantagem de desenvolver um de quinta geração a partir do zero e sozinhos. Se seguir os passos do programa F-X2, quando tivermos nosso caça stealth, os caças de outros países como EUA, Rússia e até China estarão travando batalhas em Marte ou em Naboo. Serão de décima oitava geração e nós (digo o povo em geral) orgulhosos por termos caças stealths, que até lá, já não terão tanta vantagem em ser de quinta geração. Já que tem “jornalista” que acha que não precisamos comprar caças para economizar o pouco dinheiro que temos, imagina então entrar num projeto de um caça de quinta geração para nossos bisnetos, a exemplo de nosso submarino nuclear. Por sinal, quanto tempo e quanto já foi investido no tal submarino nuclear brasileiro?
 fonte: Cavok

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